Veio com tudo, de uma vez, num parto tsunâmico que durou apenas 1 hora e pouco de dor intensa. Na água, pelas mãos do pai. Foi uma chegada emocionante e como boa leonina quis atenção exclusiva. Como consegui-la sendo segunda filha? O jeito foi segurar a mamãe e o papai no hospital mais um pouco. E foram 11 dias de UTI. Dias frios e intermináveis. Aos cuidados de enfermeiras carinhosas, foi engordando, tomando banho de luz, e me adaptando à vida fora do útero aos pouquinhos.
Olhar você através da incubadora, acompanhar as picadas para colher exames todos os dias, ter alta do hospital e não levar você pra casa, estar longe do João! encarar a rotina exaustiva de ordenhar a cada 3 horas, amamentar a cada 3 horas, te vigiar, fazer carinho e cantar pra você sempre que dava, me alimentar e tentar descansar nos intervalos, chegar em casa exausta e pular da cama as 6 da manhã pra chegar logo no hospital.... Tudo isso foi a coisa mais difícil que passei na vida até hoje.
A alegria maior foi levar você pra casa e te apresentar pro seu irmão.
Aí levamos um tempo pra te conhecer e reconhecer. Como um novo ser, como um novo membro da família, como filha, como irmã, como neta, bisneta, e fomos te apresentando pra todos os amigos e família.
Como nasceu dia 31, comemoro cada novo mês de vida no final do mês e você já completou 4 meses!
Bochechuda, sorridente, gorduchita, pequenininha, às vezes séria, compenetrada, bravinha, reclamona... (Bem se vê que é menina e filha da sua mãe). Também te chamamos de pucutchuca e Helena babena, porque tem babado muito ultimamente. João sente um pouco de ciúme mas te adora. Ele fala: quem é a menininha do irmão? Muito lindo.
Passamos dois dias lindos na Ilha das Palmas, o clube que seu pai frequentava quando era pequeno em Santos. Fomos nós quatro e a Nair. Foi maravilhoso ver todos se divertindo.
Melhor do que descrever é ver:
Fotos no próximo post.